15.3.08

Proletário XXI

Por Diego Casado

Segundo alguns dados, são mais de 500 mil operadores de telemarketing no Brasil. Na realidade, esse número é bem maior, porque nestes dados não constam boa parte dos trabalhadores cooperados. E é uma atividade que não pára de crescer.

O perfil desses trabalhadores é jovem. Têm de 18 a 25 anos, em sua maioria. Buscam complementar sua renda familiar, mas, em alguns casos, sustentam a família. Além disso, tentam pagar os estudos ou simplesmente obter sua independência financeira. É uma ocupação que oferece salários baixos, variando de R$ 350,00 a R$ 800,00. Um operador geralmente não permanece mais que um ano em uma mesma empresa. Isso ocorre, principalmente, por dois motivos: a) as empresas demitem pessoas com maior tempo de serviço e salários maiores. Contratam pessoal novo, com salários menores. Com isso, é exterminada a perspectiva de crescimento; b) as condições de trabalho são tão estressantes que o operador se vê obrigado a pedir ou forçar sua própria demissão.

O pior é que este quadro de curta permanência em uma mesma empresa torna difícil que os trabalhadores desse setor se organizem para exigir melhores condições de trabalho e salários dignos.

No que diz respeito ao exercício da função, podemos dividir os operadores em dois tipos: ativos e receptivos.

Os operadores que fazem o serviço ativo, ou seja, realizam ligações, trabalham com metas. Na maioria dos casos vendem serviços ou produtos, e também fazem cobranças. Suas metas são quase impossíveis de serem cumpridas, o que acaba por forçar os operadores a tomarem atitudes precipitadas, muitas vezes enganando consumidores. Na verdade, este é o verdadeiro objetivo das empresas. Apesar de não ser colocado de forma explícita, os operadores são levados a chantagear pessoas.

No atendimento receptivo (recebimento de ligações) os operadores fornecem informações e, principalmente, ouvem reclamações sobre determinado produto ou serviço. Eles têm que cumprir Tempo Médio de Atendimento (TMA). Mas, quase sempre o número de ligações é insuportável. No final da jornada, é muito comum que os operadores estejam esgotados.

Big Brother

Existem câmeras em todas as partes. Em algumas empresas, até nos banheiros. O intervalo de um operador de telemarketing é ridículo. Geralmente, são 15 minutos em uma jornada de 6 horas de trabalho. Existe controle rígido para a utilização do banheiro. Isso sem falar do transtorno que é ter que comer, ir ao banheiro e resolver qualquer outro assunto em 15 minutos. Os operadores são inibidos e constrangidos a não trazer atestados médicos. É quase proibido ficar doente. Mas, a profissão causa várias enfermidades. As principais são: inflamações no braço (com destaque para a tendinite), irritações na garganta, cordas vocais e todo restante do aparelho locutor, problemas auditivos e, principalmente, distúrbios psicológicos. É comum ouvir casos de pessoas que, ao chegarem em seu Ponto de Atendimento (PA) começam a chorar sem motivo aparente, ou começam a ter ataques nervosos e dores de cabeças.

Com toda essa pressão, cobrança de resultados, imposição de valores por parte das empresas, para que mantenha-se a lucratividade a partir do mais alto grau de exploração humana, os operadores acabam por usar os clientes com quem entram em contato como bode expiatório. Devido à rapidez exigida pela chefia, os operadores acabam ficando nervosos com clientes que não conseguem acompanhar sua linha de raciocínio.

Existem vários outros problemas em relação aos constrangimentos feitos pelas chefias. E cada produto (central de vendas, atendimento a cartão de crédito, cobrança, telefonia móvel e fixa, central de empréstimos etc.) coloca aos seus operadores mais uma infinidade de problemas específicos.

Por outro lado, essa é mais uma profissão que prova que o proletariado está longe de ter acabado. Ao contrário, novas funções surgem em condições tão ou mais massacrantes do que as vividas pelos clássicos operários de macacão. E serão as contradições vividas por esses novos tipos de trabalhadores que os levarão a lutar por seus direitos. E este é sempre o primeiro passo para a participar da luta geral da classe trabalhadora pelo fim de toda a exploração.

Diego Casado é militante da Juventude Novos Palmares

14.3.08

Os jovens de hoje: a alienação na forma de atuar

Por Edu Chammas

É comum ouvirmos afirmações de que os jovens de hoje são alienados, estão alheios aos acontecimentos e às lutas, são pouco conscientes das necessidades de mudança, que a juventude, hoje, é puramente consumista e nada crítica. No entanto, a realidade é outra: as formas de atuação se transformaram, e parece estar aí um dos maiores conflitos de geração da atualidade.

Como em qualquer momento da história, há uma massa jovem amorfa, mas há também uma massa jovem indignada e inconformada que atua em diversas frentes, e essa talvez seja a maior diferença entre a geração atual e a geração de jovens saída da luta contra a ditadura e pelas diretas: as diferentes maneiras de atuação na construção de uma nova sociedade.

Enquanto o jovem de hoje atua em uma ampla frente, que vai desde o engajamento em organizações não governamentais ambientalistas até a luta em grupos anarco-punks da periferia, passando pela ajuda em orfanatos ou pela militância em partidos políticos, o jovem da geração anterior via-se unido em torno da resistência ao autoritarismo estatal militarista de direita, em ações essencialmente políticas.

A diferença é que esses "ex-jovens", que hoje constituem a população adulta da sociedade, muitas vezes não consideram legítimas ou concretas a atuação dos jovens de hoje, e daí a descrença na juventude atual. Esse estereótipo, no entanto, não é de todo infundado. O que ocorre é que a alienação de parte dos jovens não está exatamente na "não-atuação", mas na forma de atuar.

Engajar-se em organizações não governamentais ambientalistas não é errado, afinal, ninguém dúvida que o meio-ambiente precisa ser urgentemente preservado. Porém, é preciso compreender que a preservação do meio-ambiente se insere em um contexto maior, do modelo de sociedade que produz e impulsiona tamanha devastação, e é essa consciência que parece faltar a esses jovens.

Da mesma forma, parte da juventude que participa de práticas solidárias como ajudas em orfanatos pensa estar fazendo um grande bem à humanidade, mas a humanidade precisa de mais do que isso. Esse tipo de prática solidária pode ajudar na tentativa de minimizar mazelas contemporâneas, mas o ciclo vicioso que cria tais mazelas aí permanece, portanto, a necessidade dessas práticas se mantém indefinidamente. A sociedade produtora de miséria não sofre nenhuma transformação.

Muitas vezes, essas práticas solidárias servem para aproximar dois mundos antagônicos separados pela luta de classes. Cria-se uma perversa dependência e proximidade entre os excluídos e marginalizados e a classe dominante, o que pode servir para refrear ímpetos de transformação e radicalização. E essa relação também acaba por fazer afagos nos corações da burguesia, num gesto de auto-afirmação de bondade e "amor ao próximo".

As questões que se colocam, portanto, são duas: como diferenciar uma atuação paliativa que reflete apenas a individualidade burguesa e sua necessidade de se sentir solidária de uma atuação que urge, de forma desordenada, por mudanças e, feita essa diferenciação, como aproximar e canalizar essa percepção desordenada de insatisfação, de injustiça e de revolta para uma atuação política mais unida, mobilizada e consciente.

Em grande parte, as formas de atuação política tradicionais, como os partidos políticos, estão desacreditadas, e em grande parte, o excesso de pragmatismo de um lado e a percepção da população de que por mais que mude a coloração partidária aí vem "mais do mesmo" de outro são os responsáveis por isso.

Além disso, globalmente há a constante passagem para um mundo cada vez mais despolitizado, distante de formas de atuação coletivas e em benefício da coisa pública, e esse é um fenômeno característico dessa globalização econômica que desvincula e deslegitima a atuação política local e de resistência, além de fazer parte do processo de blindagem de um modelo econômico que coloca cifras acima de pessoas, em que uma transnacional tem maior poder de decisão e de influência que o estado nacional – espaço público de debate e disputa de hegemonia por excelência na nação burguesa.

Atualmente, a mobilização da juventude em prol do espaço público e de uma sociedade mais justa oferece uma série de questões a serem discutidas, passando pela aceitação de um novo sincretismo nas formas de atuação, que misture diversas percepções e tendências, chegando a uma noção de uma coletividade unida e resistente, em que se possam depositar todos os graus de insatisfação, revolta, rebeldia e urgência de transformação, em um mundo que desagrega cada vez mais.

Está posto o desafio para a união de jovens e seu furor revolucionário, hoje tão disperso e pouco consciente, com a parcela da população que há anos já está engajada em movimentos de transformação.

A luta da juventude para além da universidade

Por Paulo Marçaioli

O debate sobre juventude não se restringe ao universo estudantil. E não poderia ser diferente: somente 13% dos jovens tem acesso aos bancos universitários do país. Deste universo, cerca de 30% estão nas universidades públicas¹, com seu vestibular excludente e, por isso, historicamente restrito aos filhos dos mais ricos.

Diante da lógica perversa, os jovens se vêm cada vez mais cedo obrigados a trabalhar em estágios mal remunerados, de até 9 ou 10 horas de serviço, sem qualquer garantia trabalhista. O exemplo dos estagiários de telemarketing é sintomático: câmeras de vídeo inspecionam os funcionários até dentro dos banheiros, os horários de trabalho não condizem sequer com a já frágil Lei do Estágio², o trabalhador só tem 15 minutos de almoço, rigorosamente contados para otimizar os serviços. Enquanto isso, as empresas de telefonia lucram cada vez mais sobre um patrimônio que já foi do povo.

A realidade dos jovens da periferia ainda é pior. A perspectiva de futuro dessa fatia da juventude é restrita a um universo de escolhas basicamente restrito ao trabalho violentamente precarizado (como camelôs, trabalhadoras domésticas, estagiários, motoboys etc.) ou ao mundo do crime. Os sonhos da juventude são destruídos pela realidade concreta do desemprego, da violência policial, do racismo e da opressão, fazendo com que garotos e garotas abandonem qualquer possibilidade de um futuro diferente e assumam papéis de "adulto", seja no mundo do trabalho ou no mundo do tráfico.

Como canta o Racionais MCs, para o jovem da periferia a dura realidade impõe duas opções básicas: "Viver pouco como rei, ou muito como um Zé". Nesse sentido, é preciso desmistificar frases como "aquele que se esforça, pode crescer na vida", justificativa dos capitalistas para, por exemplo, defender a barreira do vestibular como uma suposta forma mais "justa" de acesso à universidade. Por isso, para além do já reduzido número de cotas nas universidades públicas, é preciso lutar pelo fim do vestibular, através da ampla ampliação de vagas no ensino superior.

Esta é uma dentre várias outras lutas em que os jovens das periferias devem se incorporar, como forma de despertarem suas consciências e tornarem-se agentes transformadores de realidades. A luta pela extinção da FEBEM, por moradia através de ocupações ou até por questões pontuais ligadas à sua realidade mais imediata (saneamento básico, postos de saúde, escolas e creches de bairros) devem ser as principais bandeiras para a intervenção dos socialistas na periferia.

É preciso fazer o diálogo entre as questões imediatas e a sua dimensão política, traduzir problemas concretos como resultado histórico de centenas de anos de exploração e como parte de um processo, que pode ser mudado através da auto-organização popular. É preciso saber traduzir nossos conceitos e nossas idéias para uma linguagem acessível, sem jargões e vícios.

Com a juventude da periferia, a intervenção através da arte, com oficinas, teatro e música tem um potencial maior de diálogo e interação entre as contradições colocadas (assimiladas por esses jovens no cotidiano) e a sua tradução para algo compreensível (através de uma intervenção dialógica, pautada nas lutas e no socialismo, sem uma pretensão assistencialista ou de doutrinação).

Juventude Popular e a Universidade

O já reduzido número de universitários oriundos da classe trabalhadora se encontra nas faculdades particulares, onde a lógica educação-mercadoria é ainda mais forte. O número de bolsas e auxílio estudantil se baliza pelo critério do lucro máximo, assim como os abusivos reajustes de mensalidades, anuais ou até semestrais. Paralelamente, assistimos à indiferença da juventude em relação às questões políticas, ao que passa pelo mundo. O esvaziamento dos espaços de discussão e intervenção política nas faculdades particulares revela a pouca inserção do movimento estudantil (ME) nos locais onde a juventude popular e trabalhadora estuda.

Já nas universidade públicas, onde há maior tradição política, a grande maioria dos estudantes encontra-se isolada, sem refletir sobre os papéis da universidade e as razões de ser das infinitas palavras-de-ordem, jogadas ao vento, intraduzíveis àqueles que não passaram pelo crivo de partidos e forças políticas em disputa constante. Nos poucos debates, o esforço em traduzir a linguagem viciada dos "quadros políticos" é deixado de lado e, como diz o ditado, "quando dois elefantes brigam, quem sai perdendo é a grama".

Assim, temos de um lado um pequeno grupo fragmentado de militantes disputando direções, e do outro, uma "massa" indiferente a uma lógica de universidade que, num processo fabril e continuado, produz em série para o mercado, com "grades" curriculares que mais aprisionam do que libertam.

Construir pela base um ME para fora das universidades

É preciso priorizar o trabalho de base, a partir da construção de CAs e DAs, estabelecendo laços políticos cotidianos com esses novos espaços e focalizar o trabalho nas universidades particulares. É preciso fortalecer as entidades de base através de uma nova organização, que incentive a nucleação dos estudantes aos fóruns de discussão mais próximos e o despertar da consciência política. Nesse sentido, nossas lutas devem ser construídas a partir da base, para além de entidades distantes do cotidiano dos estudantes.

Construir de baixo para cima um movimento radicalmente democrático, alicerçado nos centros acadêmicos e núcleos de debate e coletivos dentro e fora da universidade significa repensar a própria dinâmica do movimento e novas formas de dialogar com os estudantes, com manifestações lúdico- culturais, místicas, oficinas e grupos de discussões. Qualificar as discussões desde a base e ampliar a inserção dos estudantes nas lutas como forma de tomada de consciência.
Construir espaços de formação ou mesmo de "despertar" político para fora da universidade, como, por exemplo, através de vivências em ocupações no campo e na cidade. Mais importante do que a disputa de direções é a auto- organização estudantil, através de fóruns de discussão e intervenção política, em aliança com outras lutas para além da universidade, no campo e na periferia!

Paulo Marçaioli é estudante da Unesp e militante da Juventude Novos Palmares

¹ http://www.comciencia.br/200405/reportagens/14.shtml
² Artigo 5º (Lei do Estágio): A jornada de atividade em estágio, a ser cumprida pelo estudante, deverá compatibilizar-se com o seu horário escolar e com o horário da parte em que venha a ocorrer o estágio.

Um jeito velho de falar

Por Perola Carvalho

"O papel do teatro como forma de despertar de consciência e das místicas que trabalhem a construção de novos valores - a construção do socialismo pressupõe essa mudança de valores, do individualismo à solidariedade, da competição à unidade e à coletividade"

Quando um sistema ou ideologia prioriza as relações de uso entre as pessoas, existe a necessidade de que elas apenas sintam e pensem o necessário a este sistema ou ideologia. Dispensam-se relações sinceras, e sufocam-se seus estímulos: entre eles, a arte. Se propusermos novas idéias e sistema sem questionarmos a mecanicidade das relações, qual é a revolução? As relações de uso existem em qualquer lugar onde não há igualdade. Uma empresa ou instituição lucra mais, ganha mais adeptos, quando impõe profissionalismo: padrões comportamentais. Os padrões, aceitos pelos funcionários ou adeptos em troca de inclusão, criam verdadeiras máscaras sociais. Segundo o teórico teatral Augusto Boal, as pessoas incorporariam seus personagens sociais não apenas profissionalmente, até por não ser, geralmente, uma interpretação consciente. Mas os interpretariam também em casa ou com a família e amigos. Essa interpretação própria das relações de interesse sufocaria a espontaneidade e as possibilidades de contato humano real. De acordo com Boal, as conseqüências psicológicas de tal opressão são mais nefastas que o lucrativo uso dos pobres pelos ricos.

Os socialistas são contra toda a opressão capitalista. Mas nem por isso deixam a condição de oprimidos; participam do sistema. Costumam propor idéias novas com discursos padrões e recheados de dogmatismo. Muitos gritam, repetem slogans de ordem da mesma maneira e têm uma triste tendência à impessoalidade; como a desse meu texto.

Como poderia uma metodologia discursiva e até cartesiana de muitos revolucionários convencer, por exemplo, jovens da periferia? A exclusão e o medo tornam a desesperança entre os jovens da periferia uma barreira quase intransponível. Dentre os que conheci na Chácara Bela Vista, comunidade de São Paulo, um demonstrou se sentir usado pelos "mauricinhos que querem aparecer a nossas custas"; disse referindo-se a alguns dos grupos atuantes na comunidade. São muitos os grupos que tentam convencê-los das mais diferentes idéias. E por melhor idéia que o socialismo nos pareça ser, tentar convencê-los a todo custo a serem socialistas ainda é usá-los. É enxergá-los como fiéis em potencial à nossas causas.

É, enfim, agir como um poder moralizante e, portanto, gerador de máscaras sociais quando eficaz, não de relações sinceras. Relações sinceras permitem a troca de saberes. E a troca é enxergar o outro como igual. Antes de se propor qualquer idéia a alguém é preciso enxergar este alguém. Este alguém já tem idéias. Se formos capazes de ouvi-lo ao invés de apenas discursarmos, saberemos quais.

Quebrar padrões mecanizados de expressão é também enxergar o outro. Mais,é enxergamos a nós mesmos. Ver, quem sabe, a fragilidade da máscara do formalismo, feita com o receio da exclusão. Ver, quem sabe, a possibilidade de agirmos com arte; no sentido de tratarmo-nos como seres que sentem e pensam muito mais que o necessário à revolução.

Perola Carvalho é estudante da Unifesp e militante da Juventude Novos Palmares

13.3.08

Quem somos

A Juventude Novos Palmares é um movimento amplo, autônomo, horizontal e democrático de juventude, unindo jovens estudantes (secundaristas e universitários), trabalhadores, do movimento cultural e das periferias com uma perspectiva anti-capitalista e o propósito em comum de lutar em defesa dos direitos da juventude, do acesso a uma educação de qualidade nas escolas e universidades, da arte e da cultura, do meio-ambiente e da pluralidade, contra as opressões (racismo, machismo e homofobia) e as injustiças sociais.

o que defendemos:

- o acesso irrestrito a uma educação crítica e de qualidade nas escolas e universidades públicas e particulares

- a arte e a cultura enquanto instrumentos de livre-expressão e de crítica à realidade da juventude

- a luta em defesa do meio-ambiente

- o combate diário contra as opressões (racismo, machismo, homofobia, entre outras), a exploração, todo tipo de violência e as injustiças sociais

- a construção de um movimento estudantil democrático a partir de base nos grêmios, CAs, DAs, DCEs e para além das entidades

- os direitos e a livre organização dos jovens trabalhadores contra a precarização de seus empregos

- a integração das lutas de juventude às lutas dos movimentos sociais

- a luta pela ampliação de direitos dos jovens no acesso à cultura, ao esporte, ao lazer e ao transporte público e a instituição do passe-livre para os estudantes e desempregados

- a solidariedade às lutas da juventude pelo mundo

- uma transformação social anti-capitalista da sociedade: baseada na justiça social, na liberdade, na pluralidade e na sustentabilidade ambiental no Brasil e no mundo

como nos organizamos:

A Juventude Novos Palmares é um movimento de juventude autônomo, horizontal e descentralizado. Atuamos em escolas, universidades, locais de trabalho e centros de cultura e o mais importante: nas ruas. Em cada local, nos organizamos por núcleos que promovem reuniões e atividades abertas e periódicas e temos uma coordenação com representantes de diferentes bairros, cidades, áreas de atuação, locais de estudo e locais de trabalho.

como posso participar da Juventude Novos Palmares?

Qualquer jovem, independentemente de qual for sua crença religiosa ou sua tribo social, que concorde com o que defendemos e como nos organizamos pode se juntar a nós nesta luta.

Mande um e-mail para nós: novospalmares@gmail.com